Se você chegou até aqui, já deve ter ouvido falar sobre strike no YouTube, mas a pergunta que fica é: o que é strike no YouTube? Esse termo, que assusta muitos criadores de conteúdo na plataforma, foi a forma que a empresa encontrou de manter usuários e plataforma em sintonia, seguindo as mesmas políticas.
Pensando nisso, explicamos a seguir o que é o strike no YouTube, como identificar se seu canal foi penalizado e dicas para não sofrer com os strikes. Confira!
O que é e como funciona o strike no YouTube?
Todos os donos de canais no YouTube já ouviram, em algum momento de sua carreira, a palavra strike. Esse termo se refere às penalidades do YouTube para seus youtubers quando não seguem as políticas estabelecidas pela plataforma.
Os strikes são como avisos que reforçam as diretrizes da comunidade e avisam quando o criador não está seguindo. Essas infrações ocorrem, muitas vezes, por falta de conhecimento do criador de conteúdo, que acaba utilizando recursos proibidos pela plataforma para otimizar seu canal. Sendo que, em alguns casos, o youtuber conhece as diretrizes, mas decide por não seguir, buscando a monetização de seus vídeos e maior visibilidade.
Então, afinal, como funciona o strike do YouTube? É a plataforma que analisa, é o criador ou são os usuários? A resposta é simples: um pouco de cada opção!
O strike no YouTube ocorre quando um usuário, alguém que consome os conteúdos disponibilizados na plataforma, encontra uma das infrações determinadas pela empresa, como conteúdos ofensivos e abusivos ou o uso indevido de propriedade intelectual de terceiros.
Quando o usuário encontra essa infração, ele pode denunciar o conteúdo ao YouTube. A denúncia é enviada para os analistas da plataforma, que verificam se houve ou não uma infração. Caso haja a quebra de uma regra, o youtuber irá receber seu strike, ou seja, o aviso da plataforma.
Cada strike recebido corresponde a uma punição e cada canal pode receber, no máximo, 3 strikes. Em sua primeira denúncia, o criador de conteúdo recebe apenas uma advertência.
Advertência
A primeira vez que um canal infringe as políticas do YouTube recebe uma advertência. Essa é uma forma da plataforma permitir que o criador repense seu erro e não repita nos próximos vídeos.
Strike 1
O primeiro strike ocorre após a segunda denúncia do canal. O criador tem 90 dias para regularizar o que tem de errado e é banido por 7 dias da plataforma, ou seja, não pode publicar em seu canal no período.
Strike 2
Depois da terceira denúncia, o canal leva o segundo strike no YouTube. O canal tem 90 dias para regularizar o que tem de errado e fica banido por 14 dias, ou seja, 7 dias a mais do que o primeiro strike.
Strike 3
O terceiro strike é o último, pois a plataforma não dá a oportunidade de o criador arrumar seu conteúdo, além de banir o criador e o canal do YouTube.
Como identificar strike no canal do Youtube?
Duas outras perguntas que rondam a mente dos usuários e criadores de conteúdo são: como identificar um strike? E como dar um strike no YouTube? Pois bem, identificar um strike é bem simples se você é um usuário, pois basta você perceber se houve ou não a quebra de uma das políticas da plataforma. Os conteúdos que estão no alerta do YouTube para a infração de regras são:
Spam e práticas enganosas
Se o conteúdo possui spam, se o criador utiliza de uma identidade falsa para se promover, aplica golpes, compartilha links que não estão de acordo com a plataforma ou tem comentários e gosteis conquistados a partir de compras, ele deve ser denunciado. Então, o usuário que se deparar com um conteúdo/canal com essas práticas deve denunciá-lo.
Conteúdo violento
As regras do YouTube não permitem conteúdos violentos, que incitem a violência ou o ódio, que promovam o cyberbullying, que possua conteúdo explícito, que apoie organizações criminosas e terroristas, entre outras práticas. Conteúdos e canais do gênero devem ser reportados.
Conteúdo sensível
Conteúdos que abordem temas como segurança infantil, suicídio, automutilação, nudez, conteúdos sexuais, entre tantos outros, são considerados sensíveis e podem ferir o público emocionalmente ou fisicamente. Além disso, conteúdos que indicam se tratar de um tema e abordam outro (que esteja nessa categoria), também quebram as diretrizes da plataforma.
Produtos regulamentados
Conteúdos e canais que oferecem produtos que só podem ser adquiridos por meio de regulamentos, como as armas de fogo ou remédio. Além de produtos ilegais, como drogas.
Outros problemas
Às vezes, o problema não está no conteúdo, mas sim no canal ou em seu administrador. Então, a inatividade da conta, criadores de conteúdo ou administradores menores de idade e canais que incentivam a quebra das políticas do YouTube são atitudes que podem ser reportadas.
Identificando um strike
Para os criadores de conteúdo identificarem se receberam um strike em seu canal no YouTube é um pouco mais complicado.
Primeiro, é preciso acessar o canal, fazendo login na conta do YouTube. Após isso, certificar-se de que está usando um cadastro autorizado pelo YouTube Studio. Em seguida, ao entrar no painel da ferramenta, clicar em “Vídeos”, botão disponibilizado no menu, localizado à esquerda da plataforma.
O youtuber deve, assim que entrar, clicar em “filtrar” e selecionar a opção “reivindicação por direitos autorais”. A lista de vídeos que levaram um strike irão aparecer. Além disso, será possível ler sobre as especificações de seu strike, passando o cursor do mouse pela descrição do vídeo.
3 dicas de como evitar o strike
A maior dúvida dos criadores de conteúdo é como não tomar strike no YouTube, ou melhor, como evitar strikes no YouTube e não precisar se preocupar com essas punições.
Mas, o que é necessário compreender é que não existe fórmula mágica que impede um strike no YouTube. É preciso, na verdade, atenção com seu conteúdo e, por isso, separamos 3 dicas que são fundamentais para isso.
1. Direitos autorais
Muitas vezes, a questão dos direitos autorais é interpretada pelos youtubers como bobagem ou algo que os impede de utilizar livremente músicas, vídeos, entre outras produções. Contudo, imagine a situação contrária, alguém utilizando algo que você criou, com muito trabalho, sem lhe dar os devidos créditos. Isso é algo muito ruim, então, para evitar empecilhos, utilize músicas, imagens e vídeos de domínio público.
Atualmente, existem diversos sites que disponibilizam esses materiais de forma gratuita. Em outros casos, é necessário pagar pelo conteúdo, porém, são de extrema qualidade e atendem a diversas necessidades. Além disso, cuidado com músicas que estão tocando ao fundo, pois podem ser motivos para um strike no YouTube.
2. Ofensas
Conteúdos que contenham ofensas, demonstrações violentas ou que incitem o ódio descumprem as políticas do YouTube. Por isso, evite criar um conteúdo que possa ofender alguém, seja direta ou indiretamente. Cuidado com sua opinião, pois a partir do momento que ela calunia alguém, ofende ou diminui, ela fere os direitos do próximo e, nesse caso, não existe liberdade de expressão que possa te salvar.
Então, cuidado com suas palavras, com suas pesquisas e fontes e com a maneira como se expressa na internet.
3. Conheça a política do YouTube
Essa dica pode parecer chata ou complicada, pois lembrar de todas as diretrizes da plataforma parece impossível. Contudo, não é preciso pensar em todas, mas sim naquelas que estão mais próximas de você e do seu canal, ou seja, aquelas que falam sobre conteúdo.
Tenha em mente quais conteúdos o YouTube considera impróprio, lembre-se das regras básicas que um canal deve seguir, como periodicidade de publicações, idade mínima para criar e publicar conteúdos e quais publicidades são aceitas na plataforma.
Atualizações no YouTube: saiba das novas regras
Os strikes durante muitos anos foram vistos pelos criadores de conteúdo como “regras radicais”. Muitos reclamavam das dificuldades de gerenciar seus conteúdos e adequá-los às exigências da plataforma em períodos de strike, ou seja, durante as punições de 7 e 14 dias. Ouvindo seus usuários mais fiéis, os youtubers, a plataforma reformulou suas regras.
A partir de agora, o YouTube não aplicará uma penalização no usuário em seu primeiro strike (a regra dos três strikes permanece), ele poderá retirar o vídeo do ar por completo ou retirar apenas o trecho que quebra as diretrizes.
Antes, o que acontecia era que a plataforma dava 90 dias para os vídeos serem regularizados, retirava o conteúdo inapropriado do ar e deixava o criador fora por 7 dias. Isso dificultava a correção dos problemas por parte do usuário, além de prejudicar suas visualizações e novos inscritos.
O YouTube, contudo, mantém o strike dois, com o usuário fora por uma semana e o strike três, com seu canal sendo deletado e banido da plataforma.
A decisão, segundo comunicado do YouTube, foi tomada pela plataforma por compreender que a maioria dos usuários que sofrem com os strikes não conhecem suas políticas. Então, eles dão a advertência e o primeiro strike como uma forma de ensinar o que pode ou não ser publicado.
Sendo assim, o strike no YouTube já não é tão prejudicial quanto era para os youtubers, mas ainda é preciso tomar cuidado e seguir as políticas da plataforma.